Liverpool - Parte 1

- Liverpool I left you but I never let you down. 


A viagem foi incrível. Eu adorei esse tempo fora, conheci lugares nos quais sempre sonhei estar e me diverti um monte revendo pessoas e conhecendo novas. O problema é que me endividei. Sério, maior fatura do cartão no Brasil de todos os tempos fora que meus salários aqui se foram. 
To morrendo de preguiça de fazer esse post porque é muita informação, leva tempo, enfim. Só que eu também não vou conseguir ignorar a viagem e queria registrar as coisas. Acho que Liverpool vou dividir em duas partes para me obrigar a terminar já que a parte inicial já está postada (sabe gente metódica?). 
Bom. Eu, como uma fã de The Beatles, me emocionava a cada esquina em Liverpool. Tudo me lembrava uma música, uma entrevista, uma foto, comentário, etc. A cidade respira eles! Mesmo em restaurantes “fancy” alguma coisa fazia referência, mesmo que muito sutil, ao quarteto. 


Foi minha primeira vez fazendo couchsurfing também. Fiquei em uma casa muito legal, o hospedeiro foi super gentil e eu ainda conheci uma americana que estava lá couchsurfiando (?) comigo. Foi uma experiência bem interessante. O único porém é que, convenhamos, em hotel/hostel você descansa muito mais pois não precisa ficar preocupada em fazer social e é bem mais confortável para chegar tarde, sair cedo, etc. Eu chegava cansada, mas entendia que eles tinham curiosidade sobre meu país e sobre a Irlanda então ficávamos conversando, respondia perguntas. Foi legal, mas me tirou muito tempo de descanso que depois acabou fazendo falta, por exemplo. 

A casa onde eu couchsurfiei. Não era ela inteira, lógico.

Cheguei pela manhã, peguei um ônibus até o centro. Tudo estava fechado, eu estava cansadíssima e de ressaca. A única coisa aberta foi um McCafé. Entrei, fiquei 1h no banheiro me trocando e tentando colocar dignidade (conhecida como maquiagem) na minha cara para chegar apresentável na casa onde eu ficaria. Tomei um café e peguei um black cab para ir até lá. Muita emoção! Já havia andado em Belfast em um, mas é diferente quando se está na Inglaterra. Juro, estava tão animada que até me esqueci do estado lastimável em que me encontrava e estava que nem criança que mal ficava sentada no banco do taxi.

Esquerda: meu closet improvisado no banheiro (nada de glamour). Direita: dentro do taxi! 

A cara do fracasso: maquiagem borrada, ressaca, canseira e clima ruim.

O clima estava péssimo. Muito gelado, muito vento, muita chuva (por isso muitas das fotos sairam com partes borradas, eu limpava a lente mas em um segundo ela já estava toda cheia de pingos). Seria o clima que eu adoraria se não estivesse fazendo turismo e tendo que ficar em um lugares abertos a maior parte do dia. Isso me deu muita preguiça. Acabei perdendo praticamente o dia todo porque estava muito podre e sem vontade. Um aprendizado: jamais repetir isso. Antes de viagem tem que descansar mesmo, nada de saideiras e muitas aventuras. Fiquei pouco tempo em Liverpool e perdi metade deste tempo por culpa de mim mesmo. 


Aproveitei e fui ao TATE Museum para ver uma exposição do Monet. Ok, era “Turner Monet Twombly” o nome dela, mas fui apenas pelo impressionista. Gente, eu cambaleei quando vi os primeiros quadros dele. Eu sempre fui “das artes”, costumava pintar desde quando era muito criança, sempre gostei de estudar isso e Monet sempre foi meu pintor preferido, mas eu nunca havia visto algo dele na minha frente. 
O TATE neste dia (o último da exposição!) estava vazio então eu pude sentar, olha, chegar perto, mais perto, quase tocar com o nariz a tela. Amei! Monet dispensa comentários, só tive mais certeza de como ele era genial na hora de passar a coisa para a tela. 


De Turner eu só conhecia duas obras que lá estavam expostas e gostei do que vi, muito mais bonitas pessoalmente e o jeito que ele pinta os barcos é lindo, especialmente quando há neblina.


Sobre o terceiro pintor... Bem, sempre fui meio receosa com artes mais abstratas como a do Twombly e conhecia pouco (quase nada mesmo) dele e o que conhecia não gostava muito, nem dava bola, mas quando vi de perto mudei minha opinião. Não foi imediato, demorei umas boas pinturas para parar de achar ele uma coisa “boba” (ops!). No final ele me convenceu de uma forma que meus últimos três wallpapers do iPhone foram telas dele! Confesso que as mil papoulas que o Cy pinta (amo papoulas!) ajudaram nessa minha quebra paradigmática. hahaha 


Praticamente fiquei a tarde toda ali. E gastei um tempão na loja do Museu, mas comprei pouca coisa porque o problema será enorme para carregar as coisas quando eu voltar para o Brasil (janeiro provavelmente). 





Depois fiquei passeando pelo Albert Dock (cartão postal de Liverpool), almocei uma sopa (precisa explicar o quão mal eu estava para estar de férias do regime e mesmo assim ir pedir sopa?). Muitas lojas bonitinhas e interessantes, muita coisa superfaturada em comparação com a loja que fica, sei lá, 200m da doca. Normal, lugar turístico seeeempre é assim, né? 

 Detalhe da loja de lembranças.



 Amei os barcos!

 Não conhecia isso e achei bem interessante, são "quartos flutuantes" temáticos.



Fui conhecer os pontos mais turísticos ligados aos Beatles mas que ficam no centro. Loooooogicamente a primeira parada foi o The Cavern Club. Muita emoção! Cheguei lá e estava tocando blues. Sentei, assinei as paredes (lá isso não é vandalismo, ok?) e quando ia pedir uma pint lembrei que tinha tomado relaxantes musculares e se bebesse ia começar a babar e dormir ali mesmo (obrigada, efeitos colaterais que eu tenho). Resolvi que voltaria no outro dia que, sendo segunda-feira, estaria mais vazio e eu menos acabada.


Aproveitei para fotografar um pouco do centro da cidade que me surpreendeu muito. Eu sempre imaginei lá meio...pequeno. Entretando, o centro é super legal e moderno! É um shopping sem teto. Os corredores, andares, tudo é como em um shoppng, mas é aberto. Achei bem interessante, várias lojas legais. Já que não pude ir de cerveja, vamos de chocolate-quente. 


O da Thorntons é o meu preferido do mundo inteiro (junto com o da Butlers Chocolate Cafe) e não tem valores absurdos, acho que se duvidar é mais barato que as redes mais famosinhas e descoladas. Vem com um chocolatinho que sempre muda o sabor, o desse dia era com recheio de leite. Isso sim que é hot chocolate to take away! Vê se aprende, Starbucks! 

Resolvi que iria para casa, mas não encontrei o ponto de ônibus. Tive que pegar taxi novamente porque na casa eles estavam me esperando para jantar. Achei isso fofo da parte do hospedeiro do couchsurfing oferecer um “jantar com prato típico” para os que chegaram, mas ao mesmo tempo é ruim porque se eu não tivesse tão cansada e podre eu teria ficado pelos pubs e teria feito uma desfeita negando o convite (afinal, estamos lá para conhecer a cidade e o tempo é curto). Dormi na sala e capotei. Estava acabada e acho que qualquer lugar poderia servir de cama. 

O outro dia foi mais emocionante, corrido e cheio de Beatles. :)
Odiei todas as fotos desse dia, mas to postando mesmo assim. #desapego

Contagem Regressiva

Sabem quando você está próximo de fazer uma coisa que você sempre quis e nem acredita nela? É assim que os preparativos (os últimos!) estão indo. Em menos de cinco dias eu embarco para Liverpool e Londres e ainda nem comecei as malas fisicamente falando. Logicamente que eu, metódica, já fiz a listinha e tracei algumas considerações mentais sobre o que vestir, mas sei que na hora de colocar em cima da cama é que o bicho vai pegar (ai, que expressão velha! hahaha).



O artigo (me nego a chamar de monografia) está pronto. Na verdade agora lembrei que tenho que terminar a bibliografia, mas todo o resto está feito. Amanhã termino isso e dou mais uma revisada (não canso de fazer isso e sempre mudo aqui ou ali). O limite de 15 páginas foi terrível por ser um assunto legal e com muita coisa para falar, mas acho que fiz um trabalho legal. Não sei se o melhor, mas que é algo de que eu possa me orgulhar um pouquinho eu sei que é. Quero enviar ele antes de ir para Dublin (na sexta) porque com a minha sorte – e a falta dela – jamais ficaria tranquila em ir viajar sem ver a confirmação de recebimento.

Enfim. Viagem. Liverpool eu já meio que decidi onde vou (mas ainda não sei o quando), mas Londres ainda é quase uma incógnita porque tem muita coisa pra ver (e muita coisa cara, diga-se de passagem). Eu não vou fazer “o” passeio turístico porque tem muito lugar que eu passo e que as pessoas piram em ir (tipo o museu de cera, arght). Quero ter tempo de andar sem rumo.


Eu não vou ver os estúdios de Harry Potter e isso me deixou muito, mas muito puta da cara. Por erro no sistema deles o meu ticket deu erro (?), eles avisaram (sem mais detalhes) quatro dias depois apenas e quando fui comprar outro tinham acabado. Massa, né? Grrrr. Enfim, passei rápido antes de ir dormir apenas para deixar registrado como estão as coisas e não deixar acumular muito para os próximos posts.

Agora vou lá sofrer um pouco completando e retirando coisas da lista do que levar. Não é fácil viajar low cost mesmo comprando a mala extra (15kg). Um casacão e o limite já se foi (fora que tem tamanho específico para as bagagens e 1cm a mais pode dar uma multa alta!).

aiai.

Pacote de Bolacha


Sério?
Você realmente se surpreende? We were born to die. Era apenas uma questão de tempo e oportunidade. Não era óbvio? Eu sempre vi isso assim. Tudo é meio assim, você sabe, começa e termina hora ou outra. Não acredito em coisas para sempre. No máximo algumas coisas duram bastante. E só.

Tudo tem um prazo de validade, como um pacote de bolacha. Eu sei, minhas metáforas são fracas, mas você as conhece e sabe que são inevitáveis. É assim que eu funciono, indo e vindo e muitas vezes não faço sentido. Enfim, bolachas. Você pega pacote e o abre, aproveita e quando pisca o olho ele acabou. Não tem motivo para lamentações, afinal, houve proveito do conteúdo. Fica o gosto na boca e a dúvida se não deveria o ter aproveitado mais devagar ou então guardado para outra ocasião.

Acontece que o nosso pacote nunca foi aberto. Ele estragou ainda fechado. Passou o tempo, passou da hora. Tudo que temos é um amontoado de mofo, nada para ser aproveitado, nada de lembranças do doce na boca. É assim, sempre é.

Outubro

"Dawn awaits a sleepless, 
English town of coloured gray 
Here I roam the streets without you 
As summer fades away"
A-ha - October


E chegou outubro e com eles muitas surpresas e muita, mas muita mesmo, correria.
Tudo isso, como podem ver, resultou em um blog desatualizado, totalmente na contramão do que está a minha rotina agora. Pois bem, como contei no post passado estava (estou) animada com a viagem para Londres no maior estilo "dreams come true" mas, para ser sincera, não ando tendo nem tempo para pensar nela ou programá-la com a atenção que gostaria - e deveria, porque viajar desorganizadamente é sempre traz coisas como descobrir mil lugares legais depois de ter voltado. 
Como também havia mencionado, estava (estou) fazendo academia. Antes eu ia todos os dias e alguma vezes duas vezes por dia para ir nas aulas (zumba, hidro, spinning, etc) o problema é que o tempo encurtou e nem isso estou fazendo mais. Tem dois dias que não apareço por lá e o peso na consciência está absurdamente grande, não quero nem pensar no peso físico. hahaha


O motivo de todo esse atraso nada mais é do que meu novo "projeto": voltar a estudar Direito, mesmo aqui. Desde que passei a me interessar mais por Direito Econômico a área de Concorrencial me chamou atenção por ser algo ainda novo aqui (se comparado com Constitucional, Civil, etc). Acontece que fiquei sabendo por uns amigos de um "concurso de monografias" de um grande escritório de advogacia em São Paulo e um dos temas propostos era justamente nesta área. Juntando isso e a minha vontade de voltar às leis decidi participar. O prêmio, falo com toda a sinceridade, nem me interessa. Logicamente que dinheiro é sempre muito bem vindo, mas o que eu gostaria mesmo era do estágio que você ganha lá. Aí sim eu vi vantagem.
Quem me conhece sabe que eu sou extremamente perfeccionista e crítica com as minhas coisas. Quando eu resolvo realmente fazer alguma coisa, vou querer dar o máximo de mim para que fique o menos bosta possível, mesmo que muitas vezes eu continue achando isso depois de pronto. E é assim que eu quero levar esse trabalho que estou realizando. Não quero que fique fraco ou incompleto, por isso acabei deixando de lado a academia e a viagem para me dedicar a ele no meu tempo livre (vale dizer que ainda estou trabalhando, então o tempo é bem restrito, além de estar sempre cansada). 
Eu estou me preparando para ganhar um "não" com o trabalho já que, mesmo depois de pronto, posso simplesmente não ter retorno algum (o que, convenhamos, é o mais comum de acontecer), mas quero dar o meu máximo porque estou me sentindo bem voltando aos estudos. O Direito me fazia falta.


Como o prazo de entrega da monografia (se é que se pode chamar de monografia algo com no máximo quinze páginas) é no final do mês e eu estava sem me atualizar e nesse meio tempo uma nova legislação concorrencial entrou em vigor, assim o montante de leitura é enorme. Fora que a doutrina que eu já tinha estudado deve ser revista, reorganizada e aprofundada no tema específico. É, ninguém disse que seria fácil.

O tempo está correndo e é por isso que deverei ficar um pouco afastada do blog.
Agora, por exemplo, estou me sentindo culpada por estar aqui em vez de encarar uma leitura. Ê, beleza.
As fotos do post foram feitas com o celular mesmo para ser mais rápido e a música que ilustra o post é absurdamente envolvente e ilustra bem o momento, mesmo não sendo endereçada a ninguém especial. E, sim, eu adoro A-ha, me deixem ser brega em paz. 


"'Don't be lonely' so you've told me
But don't you worry now
Loneliness can be ignored
And time has shown me how"
A-ha - October

Eu vou viajar!

Demorei para postar porque as novidades meio que pararam, a rotina mostrou sua cara por aqui. Com a academia todos os dias de semana, e alguns finais de semana, eu estou sempre cansada. O que me animou agora foi a oportunidade de eu ir para a Inglaterra. É, vou conhecer Londres e Liverpool! Terei 10 dias de folga no final de outubro e achei uma ótima oportunidade para começar a viajar. Estou muitíssimo animada com a ideia, acho que isso ocupará meu tempo livre por um bom tempo e isso vai me ajudar a nem pensar em algumas pequenas coisas chatas que andam acontecendo. 


Hoje passei o dia inteiro pesquisando vôos, ferryboats e trens. É difícil escolher entre os dois primeiros. Acho que acabarei optando pelo vôo por ser mais prático e barato, mesmo o ferry sendo mais interessante (e demorado e cansativo). Aos poucos vou desenrolando as coisas. A minha animação não cabe em mim!



É tão bom quando seus planos parecem começar a se acertar, né?

Devaneios Literários


Estou meio nostálgica de mim mesmo. Vi uns arquivos num e-mail antigo e lá encontrei alguns textos meus. Eu escrevia consideravelmente bem, muito melhor que agora. Acredito que seja questão de prática porque não passava uma semana sem um texto novo. É tudo muito amador, sem grandes pretensões e eles não eram mostrados para quase ninguém. 
Ultimamente ando tendo algumas ideias, mas nunca as coloco para fora, desenvolvo toda a coisa na cabeça e ali ela fica até ser esquecida. Acho que vou começar a mudar isso então em breve, então provavelmente vou postar alguns textos aleatórios aqui. 
A finalidade desse blog, como eu já disse, é preservar minhas vivencias por aqui para que eu nunca esqueça de pequenos detalhes que com certeza me mudarão e quem sabe eu nem perceba. Registrar os meus devaneios literários é uma forma de preservar a Fernanda de agora para a que virá depois. Pelo menos é o que eu espero.


Mais livros que amigos

Estou com uma internet ruim de dar dó no meu quarto. Não sei se é a configuração do macbook ou o quê, mas simplesmente não consigo acessar a extensão da rede e o wireless principal só pega em uma ponta da minha cama, num cantinho no quarto, pensem no malabarismo para isso, então dá mais preguiça de postar porque não é bem um lugar legal de ficar por muito tempo.
E mais: a Vodafone comeu uns 25 dos 30 euros de crédito que eu coloquei e ainda disse que estourei meu limite de 3G (sem ter estourado segundo os contadores que eu tenho no celular) então até pelo iphone é difícil por isso estou achando que o problema é mais do sinal do que dos aparelhos. Irritante é pouco. Justamente agora que preciso remarcar minha passagem de volta para o Brasil (março, eu acho).


Escrevi apenas porque estou sem ter o que fazer e queria deixar registrado que... txarã-rã-rã.. entrei na academia ontem. Pra valer. Agora, eu juro, é mesmo. Natação e academia todos (T-O-D-O-S) os dias da semana, quem sabe no sábado/domingo um pouco de academia porque natação com piscina lotada não é pra mim. Também farei aulas de Zumba com a Fionnuala (mãe) também na semana que vem, vamos ver o que é isso já que aqui é quase uma “febre” nas academias, tem que bokar* a aula antes! 
Se eu conseguisse cortar os doces seria o ideal, mas juro que fica faltando algo e eu nem me importo em correr 15minutos a mais só para comer um de noite. Gordice não tem fim, felicidade sim. hahaha


As duas fotos de hoje eu tirei rapidinho de um dos meus quartos. Como assim? Então, eu tenho um quarto pra mim, mas tenho outro também. Acabei escolhendo o que tem a cama maior, mas passo mais tempo no outro porque tem essa poltrona delícia ao lado da janela e muitos, muitos livros. Vivo me perdendo por lá.
Os dois que estão na poltrona são os atuais (e falta um). O de cima é o "One Hundred Years of Solitude" do Gabriel García Márquez (no original "Cien años de soledad" e "Cem Anos de Solidão" em português) que eu amo absurdamente ♥ e adorei quando vi aqui, não perdi tempo e comecei a ler mais uma vez. O ruim é que como eu sei a história muito bem eu acabo nem treinando muito o inglês e por isso acabei colocando ele de lado.
O outro é "A Handbook of Classical Mythology" (algo como "Um Manual da Mitologia Clássica", mas não sei se tem em português, é tradução minha mesmo o título) escrito por George Howe e G. A. Harrer (?). Esse está sendo minha leitura pequena antes de dormir porque ele é como um dicionário com explicações dos mitos e personagens mitológicos antigos, então é bem rapidinho de ler e você pode parar sem maiores problemas já que eu tenho sim grandes problemas para parar de ler um romance, por exemplo, porque sempre acabo passando o horário e até virando noites para ler mais e mais. Confesso que ele poderia ser mais legal, por exemplo contando as histórias, sem essa coisa de dicionário organizado porque a história em si, que é o melhor, é resumida.
Outro que está sendo lido mas nem tanto é o clássico dos piratas "Treasure Island" ("A Ilha do Tesouro" em português) escrito pelo autor Robert Louis Stevenson. Me surpreendi quando percebi que nunca li esse livro antes na versão original, somente aqueles "para crianças" e me surpreendi mais ainda quando travei nele. Há muitas palavras ligadas ao mar e aos piratas que eu nunca aprendi em inglês (algumas nem em português!) e então ficar parando e traduzindo é um saco porque a narrativa dele é daquelas beeem contínuas, feita para prender o leitor - o que é uma coisa que eu realmente gosto, mas quando se está parando toda hora para ir ao dicionário você se perde no meio da coisa toda. Enfim,  acabei deixando ele na cabeceira um pouquinho esquecido, mas a história promete porque "foi nesse livro que pela primeira vez apareceu um mapa do tesouro, onde a arca cheia de ouro enterrada estava marcada com um grande X, hoje tão comum nesse tipo de história. E também foi neste livro que o conhecido estereótipo de pirata - aquele com perna-de-pau e um papagaio no ombro - apareceu e se tornou tão popular." (wikipedia)
E, ah, essa coletânea do Mozart eu fiz questão de adotar pra mim. Sem dúvidas meu maior arrependimento agora foi ter parado de tocar piano porque agora demanda muito mais esforço começar do zero e pra isso eu não tenho paciência infelizmente. Aqui ando ouvindo novamente muita música clássica (alterno períodos), mas quase sempre só quando estou sozinha no quarto e não estou lendo, quem sabe seja para compensar as músicas mais animadas que eu escuto para me exercitar.
Já tenho vários livros na fila, o bom é que tenho seis meses pela frente para devorar varios. Encararei um Oscar Wilde como próxima leitura, acredito. Eu acho que faz uns bons cinco ou seis anos desde que li um livro dele.

*Ps. Agora que vi o "bokar" ali em cima, hahahahahaha. Um flagra aqui d'eu aportuguesando os verbos do inglês, enfim, o que queria dizer é que você tem que reservar (to book). Não vou apagar porque, na real, venho fazendo muito isso quando escrevo/falo em português. Se não consigo lembrar uma palavra ou então apenas falando eu dou uma misturada, saem coisas como "você deve enjoyar a viagem", que feio. hahahaha

Vencendo a preguiça


A verdade é que eu tenho preguiça. Eu poderia inventar duas mil desculpas, dizer que estou ocupada, vivo cansada e tudo não seria mentira, mas o maior motivo que não tenho escrito é preguiça. Começo o post de hoje domingo ao meio-dia ao som de Marcelo Camelo. As fotos são da minha primeira "caminhada" na estrada que leva à Dundalk. Fui parando e tirando foto das coisas então não foi bem uma caminhada. 



Detalhe para o "dandelion" que aparece no primeiro quadradinho. É no mesmo estilo do comum: você assopra e voam as partes, mas ele é enorme! Eu nunca havia visto um antes assim, então chamo de big dandelion, lógico que deve ter outro nome, mas pra mim é esse. Na foto abaixo (esquerda) um detalhe de uma das plumagens que ele solta. Eu achei o máximo.
Outra coisa, ainda nos quadradinhos acima é a lesma. Putz, aqui tem demaaaaaaais. Elas e caracóis estão em todo lugar.


Para tirar essa foto na direita foi um sufoco. O local é uma reserva, então eu fiquei atrás de uma grade. Até ai tudo bem se um monte de bichos não tivesse tentado me picar. Uma vespa só não conseguiu porque o ferrão ficou preso na calça. Eu digo que sou o azar em forma de pessoa.


Comecei a me exercitar regularmente. Na verdade é bem regularmente mesmo, todos os dias. Sem exceções. Hoje eu estou morrendo de preguiça e como quero fazer esse post acho que vou faltar pela primeira vez, agora é cuidar para não fazer o mesmo amanhã. Eu costumo andar no mínimo 7km/dia ou então pedalar no mínimo 10km/dia. O problema de pedalar é que, bem, eu sou um desastre. Depois de uns nove anos sem andar de bicicleta e acostumada com, no máximo, spinning (aquático ou não) fica complicado. Estou toda roxa, cheia mesmo, contei mais de 18 (DEZOITO!) ontem de noite, isso que ignorei os menores. Já dei de lado num muro, resvalei mil vezes, quase fui atropelada, meu fones foram amassados na correia e muito mais. É, não tá fácil, mas não desisto do ciclismo porque ele me cansa mais que o andar (eu não consigo correr ainda). Não sei quanto estou pesando, não sei se perdi alguma coisa. Não vou me controlar porque se não eu fico freaky com isso. 


Meu companheiro de caminhadas, meu tênis de menininha. Uma pena que ele seja branco porque aqui não tenho quem limpe ele por mim e colocar na máquina vai me fazer comprar outro logo logo então é escova na mão e muita, muita paciência. 




E quando eu viro para o lado olho essa gata me observando toda cuidadosa no mato em meio ao seu banho de sol. "Ei, tem que vir aqui me atrapalhar? Não chegue perto que não quero ter de me levantar e fugir. Miau!". 


Tem muitas frutinhas no caminho, acredito que sejam mesmo amoras e tudo mais, mas ainda não comi nenhuma, um pouco de medo e um pouco de nojo pelo tanto de caracol que existem nessa mesma área.


Estou aqui na nova casa tem mais de uma semana. Tudo vem acontecendo muito bem, até mesmo excepcionalmente bem, não esperava algo assim. O Donnchadh quando está comigo é querido e até muito obediente – quando os pais estão em casa ele vira um mimado chorão e isso me irrita e desespera. Ele é bem grudado comigo, quando vai pra escola e é o pai que o leva ele fica perguntando porque não pode ser eu, quando no final da tarde eu vou caminhar ele pergunta porque não pode ir junto, etc. Isso é bom, pelo menos eu acho, quem não concorda é a avó dele que ficou chateadíssima no primeiro dia de aula (seria ela que o levaria e eu só iria junto para saber onde fica a escola e tirar algumas fotos deles dois). Pois ele só queria ficar comigo, não queria tirar foto com ela, queria que eu que empurrasse o carrinho. Para terem ideia: ele só tirou foto com ela porque eu prometi que depois tiraria uma com ele também. Ficou na cara que ela, extremamente coruja e super-protetora, ficou putamente magoada. 




As minhas malditas aranhas. Aqui elas também são muitas, são pequenas, mas sempre estão dando o ar de sua graça. Eu tenho um medo absurdo delas se não as posso ver. Sabe aquela coisa de estar dormindo e ter uma? É isso que me dá agonia. Se eu vejo uma não tenho medo de ir lá e matar. 

Esse final de semana a Maite iria vir pra cá, mas acabou não dando certo, então fiquei sozinha porque o Donnchadh foi ficar com a avó e os pais foram para um festival de música. Aproveitei o tempo sozinha e o salário e fui ao cinema no sábado ver Brave e chorei que nem uma retardada. Não adianta, Disney sempre será meu ponto fraco, eles sabem como me deixar chorona com coisas simples e bonitinhas. 
Comprei algumas coisas, passeei e voltei para cá. Fiz uma torta e frango e vegetais, coloquei uma música legal, bebi umas cervejas (tava merecendo, e dai que engorda?) e tomei banho de banheiro à luz de velas. Foi algo simples, mas que me deu uma revigorada ótima. Acho que por ter sido tão legal passar um tempo sozinha eu estou meio sofrendo por antecipação com hoje tudo voltar ao normal.


As duas coisas que eu comprei ontem e que eu mais gostei, ambas de um brechó. O colar de pérolas acima foi paixão instantânea, mesmo estando meio velhinho é super bonito e já estou louca para sair usando ele por ai.
Abaixo uma porcelana chinesa linda que eu encontrei baratinha porque estava sem a tampa. Pois não pensei duas vezes e trouxe para ser o meu porta-pincéis de maquiagem (aqueles que eu uso todo dia fica no balcão e os resto em um estojo). Lindo demais!
Mas meu azar foi presente. Vindo para casa a sacola rasgou e ele caiu no chão e trincou. Queria chorar de tanto ódio. Pelo menos não quebrou, mas está trincadinho. Agora é tomar cuidado para não quebrar mais ainda.


É. Tudo indo muito bem, obrigada. ;) 


Ao final da caminhada há uma espécie de observatório. Lá você pode ver os pássaros (aqui é uma das áreas mais propícias a ver animais na Irlanda e na Europa inteira, vi isso em uma placa logo que cheguei). Tem essa estátua ali em cima e algumas placas de homenagens. 


O lugar é, realmente, bem bonito e tranquilo. Muito legal ao final de uma caminhada chegar num lugar assim. O problema é o cheiro. Existem muitas algas em decomposição então é um fedor. Nada insuportável, mas bem longe de agradável. 
Vale dizer que esse lugar dá para observar bem quando o mar irlandês (Irish Sea) encontra o rio Castletown. Daqui da varanda de casa também vemos, mas é mais longe. É bem interessante que mesmo com a maré cheia o rio corta o mar mas não muda o fluxo. Você consegue ver ele correndo cruzando o caminho das ondas. A cor das águas também é diferente, vou ver se um dia tiro fotos disso aqui perto de casa. 


Já deu para perceber que as fotos que eu apareço hoje são uma mais bizarra que a outra (sem maquiagem, sem dignidade, depois de 8km andando). Eu achei essa ai de cima feia demais, mas adorei o reflexo nos meus óculos. Fora que estou com dandelions e isso é sempre uma coisa boa pra mim. ♥
A que está abaixo nem está tão ruim, tirando minha cara de quem tava adorando o fedô que estava por lá. E venta, como venta. 


Ps. Algumas pessoas me disseram que tentaram comentar, mas não conseguiram e eu, realmente, não sei como arrumar isso, já troquei o código e continua o mesmo esquema. Acho que só com alguma das opções de ID que tem ali. Bom, a maioria tem meu facebook (Fernanda Ferronato), twitter (agora bloqueado, mas é o @ferferronato) e e-mail (ferferronato90@gmail.com) então não estou incomunicável.